Branding e estratégia de negócio | Percepção de valor

  • Percepção de valor (imagem construída e imagem percebida)

A imagem não se constitui somente na parte visual, uma imagem pode ser construída especialmente pela percepção dos que cercam uma imagem.

Não é incomum uma pessoa dizer que alguém que conhece é uma pessoa bonita, quando anteriormente achava feia. Ou ao contrário uma pessoa que para alguns gera maior atratividade e empatia e para outros a pessoa gera preterência.

  • Taxonomia Semiótica

Construir uma percepção de imagem de marca não é fácil. E quando falamos de imagem, não estamos falando o que os olhos podem captar, estamos falando de todos os conjuntos de valores percebidos por seu cliente ou usuário. Construir uma reputação é algo muito difícil e demorado se você não tem uma solução prática e funcional.

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Para construir uma imagem mais funcional e efetiva eu uso a somatória de Semiótica e Taxonomia, que embora sejam advindas de ciências diferentes podem ser usadas juntas. Confesso que são extremamente funcionais juntas. Ao menos para construir um valor de imagem de marca, ou posicionamento de marca em um nicho ou preço específico. Isso mesmo, a construção de preço e valor devem caminhar junto com o visual, comunicar o preço na comunicação de marca, sem precisar falar de preço é uma dos movimentos estratégicos mais importantes. Isso tanto para produtos caros, quanto para produtos baratos. Neste ponto específico, sugiro que leia O Design da Criatividade Objetiva (capítulo 3b. Pág. 63 em diante).

Segundo o wikipedia, Taxonomia (do grego antigo τάξις, táxis, “arranjo” e νομία, nomia, “método”) é a disciplina biológica que define os grupos de organismos biológicos com base em características comuns e dá nomes a esses grupos. Para cada grupo, é dada uma nota. Os grupos podem ser agregados para formar um supergrupo de maior pontuação, criando uma classificação hierárquica. Os grupos criados por este processo são referidos como taxa (no singular, táxon). Um exemplo da classificação moderna foi publicado em 2009 pelo Angiosperm Phylogeny Group para todas as famílias de plantas com flores vivas (Sistema APG III).

Nosso cérebro tende a fazer o mesmo tipo de organização de forma automática. Quando vemos uma planta, a qualificamos a todas as outras, quando vemos um funkeiro, um pagodeiro, um empresário e etc, tendemos a agrupá-los em um mesmo grupo, ou em grupos semelhantes. Analisar os concorrentes e ver onde tem pontos em comum e depois criar um diferencial de seu produto ou marca pode ser um ponto de partida que lhe economize muito tempo e dinheiro no posicionamento de marca. Mas cuidado, você precisa ter diferencial para gerar valor, mas você precisará também aproveitar-se de toda a comunicação positiva que seus concorrentes construíram.

Lembre-se que a mente humana trabalha no flow natural da vida. Isso devido o mecanismo do cérebro de auto-sobrevivência. Aprendemos a calcular automaticamente probabilidade e resultados. Por isso, assim como o corpo tende a expulsar um corpo estranho, o cérebro tem a tendência natural de rejeitar e separar os diferentes.

Por isso a taxonomia é tão importante e relevante quando se trata de organizar dados e aprendizados. E aí que entra a leitura destes dados de marcas concorrentes, informações emocionais  relevantes extraídas de nossos consumidores e demais informações coletadas no briefing e pesquisa.

E é neste ponto que unimos a taxonomia à Semiótica. A semiótica, segundo o wikipedia, é o estudo da construção de significado, o estudo do processo de signo (semiose) e do significado de comunicação. (…).

A semiótica inclui o estudo de sinais e processos de signos, indicação, designação, semelhança, analogia, alegoria, metonímia, metáfora, simbolismo, significação e comunicação. A tradição semiótica explora o estudo de signos e símbolos como parte significativa das comunicações. Diferentemente da linguística, entretanto, a semiótica também estuda sistemas de signos não-linguísticos.

A semiótica é um sistema de comunicação, e podemos incluir todo o tipo de interação de um ambiente, objeto ou ser, com o meio. Um exemplo não ortodoxo aplicado a isso é um perfume. Juntando a isso poderíamos unir a textura e o tato. Tudo isso pode sim, se comunicar e gerar uma informação ou ruído.  

Quando estou criando uma estratégia de comunicação de emoção de marca, normalmente reúno as principais emoções que desejo transmitir e procurar onde estas aparecem no mercado existente onde meu cliente concorre, em outros toutch points que o consumidor interage. Depois de entender como essas emoções entram em interação eu documento o que aprendi, depois aplico.

Além da estratégia de comunicação, você pode aproveitar o vácuo criado pela necessidade na mente do consumidor e gerar diferenciais que não aparecem na sua pesquisa. Isso lhe permitirá gerar a dissonância cognitiva correta.

Thiago Benlev

BENLEV COMUNICAÇÃO

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